Powered By Blogger

quinta-feira, 7 de julho de 2011

BENEFÍCIOS DO INVERNO

Eu peguei esse título emprestado de um artigo escrito pela Madame Guyon, uma cristã que viveu no século XVII. Quando o inverno chega, as folhas das árvores caem e a única coisa que aparece são os galhos secos e retorcidos. Não há mais a beleza trazida pelas cores das folhas e das flores, apenas a feiúra dos galhos secos. Contudo, ainda que do lado de fora a visão seja feia e triste, do lado de dentro, a árvore continua viva. E a primavera, a estação seguinte, revelará a vida no interior da árvore através das novas folhas e flores que começarão a brotar.

A nossa vida é plena de estações. E todas elas são boas e importantes. As estações fazem a vida ser bela e colorida, cheia de diversidade e sensações. Na nossa vida, existem os períodos de verão e também os de outono; os períodos de primavera e também os de inverno. Esses períodos vêm e vão de acordo com o relógio de Deus para cada um de nós. Aqui em Dallas, temos vivido um tempo de inverno. As folhas e as flores caíram, os galhos secos e retorcidos ficaram à mostra, mas aquilo que é mais importante, Deus tem feito permanecer em nós. O Espírito Santo continua nos ensinando em cada situação, e também a partir da nossa percepção de cada galho seco, que não pode mais se esconder por entre as folhas e as flores.

Aqui em Dallas eu me dei conta do estilo acelerado de vida que eu tinha no Brasil. Eram atividades que começavam pela manhã e terminavam à noite, quando eu chegava em casa e ainda ia para o escritório. Sem perceber e sem querer, fui perdendo o coração do meu filho, Isaque. Eu achava que passava um tempo significativo com ele. Mas eu estava enganado. As folhas e as flores escondiam os galhos secos e iludiam a minha visão. Não entendia porque ele ficava em silêncio quando eu lhe dizia: “Eu te amo, filho”. Eu achava que ele não entendia o que significavam essas palavras. Na verdade, ele, sim, as compreendia; mas eu não. Só percebi isso quando, meses atrás, depois de algum tempo em Dallas, ele não ficou em silêncio, mas me respondeu: “Eu também te amo, papai”.

Que dia maravilhoso! Pela primeira vez percebi que eu tinha galhos secos e retorcidos, e não apenas folhas e flores! Quase caminhei toda a minha vida sem perceber o que se passava no coração do meu filho. Ele via os galhos secos e retorcidos, mas eu só via as flores. Eu falava de amor, mas ele não sentia o meu amor. Eu mostrava as folhas, mas ele via só os galhos secos.

Até que o inverno veio: as folhas caíram, as flores sumiram, as atividades cessaram, os trabalhos pararam, os relacionamentos se distanciaram, os elogios acabaram e os galhos secos e retorcidos apareceram. Foi então que eu tive a oportunidade de estar com o meu filho e notar que, não eu, mas ele, sim, sabia o que é o amor.

Agradeço ao Senhor por essa estação. Agradeço a Ele que nos dá não apenas o verão e a primavera, mas também o outono e o inverno! Que não somente revela, mas também trabalha em uma árvore com galhos secos e retorcidos! Que nunca nos rejeita a oração e nem aparta de nós a sua graça!

Gustavo Bessa.
Fonte do Blog da Ana.
DT.

ACESSO CRISTÃO


"Cristo nos rege por um espírito de amor, de um sentido de seu amor, pelo qual seus mandamentos nos são fáceis. Ele nos conduz por seu livre Espírito, um Espírito de liberdade. Seus súditos são voluntários. A coação que ele põe sobre eles é a de amor. Ele nos atrai docemente com as cordas de amor. Todavia, lembre-se também que ele nos atrai fortemente por um Espírito de poder, pois não é bastante que tenhamos motivos e encorajamentos para amar e obedecer a Cristo daquele seu amor, pelo qual ele se deu por nós para nos justificar; porém, o Espírito de Cristo precisa, igualmente, submeter nossos corações, e santificá-los para amá-lo, sem o que todos os motivos seriam ineficazes".

Richard Sibbes

quarta-feira, 6 de julho de 2011

PERDENDO O CONTROLE

“Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mateus 18.2 – NVI)

Jesus respondeu essas palavras quando os discípulos fizeram uma pergunta sobre quem era o maior no Reino dos céus. Eles estavam preocupados com a hierarquia, o status e o poder! Na cabeça deles, ser o maior significava ser aquele que manda, que ordena, que dirige o barco e que tem o controle da situação. Essa era a idéia de “maior” que eles tinham. Afinal, eles viviam na cultura do Império Romano em que os maiores mandavam e os menores obedeciam.

Por isso, a resposta de Jesus é tão radical. Ele chama uma criança e diz que a porta do Reino dos céus só está aberta para aqueles que se convertem e, então, se tornam crianças. Nenhum adulto pode entrar no Reino dos Céus, ou melhor, a porta do Reino dos Céus não está aberta para ninguém que queira dirigir o próprio barco. Só podem entrar aqueles que querem ser dirigidos e governados por Deus. Só podem entrar aqueles que, como crianças, não têm o controle da situação.

Se na terra, existem indivíduos independentes, donos do próprio nariz, governadores da própria vida, sabedores de todas as cosias, deuses para si mesmos, no Reino dos Céus não existe espaço para outros deuses, mas apenas para o único Deus. Portanto, aquele que se converte, se torna ou será tornado como criança. Deus, por amor, agirá de todas as formas e maneiras para levar o seu filho ou filha a perder o controle da situação e o governo da própria vida. Somente as crianças podem entrar no Reino dos Céus; somente aqueles que perderam tudo (orgulho, vaidade, auto-suficiência, desejo pelo poder, anseio por glória humana, controle da própria vida, domínio das situações, capacidade natural de dar soluções) vivem na dependência do Pai.

Gustavo Bessa.